Todos os dias penso em como é cruel ter que escolher uma carreira no auge da adolescência. Estamos crus, não sabemos de nada e nem queremos saber, são tantas ilusões, medos, incertezas. Tudo bem, a vida se resumia em colégio, Malhação, amigas, shopping, namoradinhos e msn! Simples assim!
Ou não tão simples.
Me defino hoje como uma pessoa que vive constantemente em crise existencial. A carreira me decepciona, as pessoas me decepcionam. Descobri que vilãs de novelas mexicanas existem. E a minha lista do "eu gostaria de ser/fazer" apenas aumenta.
Será que é mesmo difícil assim me sentir plena, feliz? Não sou uma pessoa difícil de agradar, aliás, já disse isso trilhões de vezes aqui. Faço amizades até em ponto de ônibus. Chego a ser idiota por acreditar na "bondade" das pessoas.
Então porque a sensação de frustração apenas aumenta? Eu vejo luz no fim do túnel, mas sinceramente, não sei a cor dela. Isso, sou sensível, 100% água, 100% emoção. O equilíbrio com a razão passa longe, muito longe.
Talvez seja por isso: descobri que coisas mecânicas me cansam, me consomem, me frustram. Hoje sou o que imaginava ser, mas não o que esperava, não o que planejo, e, definitivamente, não o que quero.
Mas será que preciso ganhar na mega sena pra mudar? Pra ter coragem? Ou apenas ouvir meu coração?
- Morar em outro país;
- Aprender italiano;
- Aprender francês;
- Conhecer a Índia;
- Praticar meditação;
- Piano;
- Mestrado;
- Curso de História da Arte;
- Curso de Gastronomia;
- Minha livraria;
Claro que minha lista iria noite adentro, mas pouparei meus poucos mas queridos leitores disto. Afinal, quem me conhece já sabe de cor e salteado tudo isso.
O jeito é respirar fundo, contar até dez, e ter coragem, muita coragem.
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