quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Tudo o que sou x Tudo o que queria ser




Todos os dias penso em como é cruel ter que escolher uma carreira no auge da adolescência. Estamos crus, não sabemos de nada e nem queremos saber, são tantas ilusões, medos, incertezas. Tudo bem, a vida se resumia em colégio, Malhação, amigas, shopping, namoradinhos e msn! Simples assim!

Ou não tão simples.

Me defino hoje como uma pessoa que vive constantemente em crise existencial. A carreira me decepciona, as pessoas me decepcionam. Descobri que vilãs de novelas mexicanas existem. E a minha lista do "eu gostaria de ser/fazer" apenas aumenta.

Será que é mesmo difícil assim me sentir plena, feliz? Não sou uma pessoa difícil de agradar, aliás, já disse isso trilhões de vezes aqui. Faço amizades até em ponto de ônibus. Chego a ser idiota por acreditar na "bondade" das pessoas.

Então porque a sensação de frustração apenas aumenta? Eu vejo luz no fim do túnel, mas sinceramente, não sei a cor dela. Isso, sou sensível, 100% água, 100% emoção. O equilíbrio com a razão passa longe, muito longe.

Talvez seja por isso: descobri que coisas mecânicas me cansam, me consomem, me frustram. Hoje sou o que imaginava ser, mas não o que esperava, não o que planejo, e, definitivamente, não o que quero.

Mas será que preciso ganhar na mega sena pra mudar? Pra ter coragem? Ou apenas ouvir meu coração?

  1. Morar em outro país;
  2. Aprender italiano;
  3. Aprender francês;
  4. Conhecer a Índia;
  5. Praticar meditação;
  6. Piano;
  7. Mestrado;
  8. Curso de História da Arte;
  9. Curso de Gastronomia;
  10. Minha livraria;
Claro que minha lista iria noite adentro, mas pouparei meus poucos mas queridos leitores disto. Afinal, quem me conhece já sabe de cor e salteado tudo isso.

O jeito é respirar fundo, contar até dez, e ter coragem, muita coragem.

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