segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Redescobrindo o meu ser

É, eu até que tentei repaginar o meu blog e fazer um pré NY animadíssimo. Mas rapidinho apareceu aquele vazio apenas por ter consciência de que não teria meu lugarzinho de desabafo..

Hoje eu estou me sentindo um tanto "Creep", como canta Radiohead:

I wish I was special
But I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here.

Talvez seja apenas mais uma de minhas incontáveis crises existenciais, ou uma grande necessidade de mudança em minha vida, não sei, ainda não me decidi.

De algum tempo para cá ando questionando imensamente algumas de minhas escolhas. Mas a principal delas é a profissional, claro.

Não acredito em cartomantes (só quando ela é minha amiga-irmã!), acho que elas utilizam de nossas reações para contar o que queremos ouvir, ou o que já sabemos mas ali somos obrigados a enxergar.

Não briguem comigo por isso, mas um dia desses cismei de ir a uma cartomante. Animação total, achei que sairia de lá com a vida resolvida, ou pelo menos algumas receitinhas pra chegar a isso com mais facilidade.

Lembro claramente quando ela me disse: "Não sei o que você faz, mas você está na profissão certa. Você nasceu pra isso."

Até dois meses atrás eu acreditei piamente nela: "Nasci pra ser advogada", "É difícil, tenho que ser paciente, o caminho é longo, mas valerá a pena", "coragem", e outras cositas mas..

Mas sério, que maturidade eu tinha aos 18 anos pra escolher o que eu faria pelo resto da minha vida?

Que me garantiu que essa escolha era a correta (ou menos errada) e que eu não ia querer mudar no futuro?

Por que te abandonei e nem sequer olhei pra trás, jornalismo?

Não é a área, a profissão ou até mesmo o stress do dia a dia que me decepcionou. Foram as pessoas. Lidar com gente é difícil. Mas tão difícil que não poucas vezes cogito ir pra Bali ou pra um Ashram indiano e repensar a vida (bem à la "Comer, Rezar, Amar" mesmo).

No fundo acho que sinto falta de gratidão, de ver olhos brilhando, pessoas realizadas ou com um mínimo de satisfação, de amor, brindando à vida pelas pequenas coisas. Mas só consigo ouvir palavrões, críticas e reclamações de tudo e todos por menor e mais insignificante que sejam as coisas.

Uma coisa é certa: não estou no caminho que eu gostaria. Posso sentir isso em meu coração. Um pouco de comodismo me trouxe até aqui, mas há tempo que dei tchau pra ele.

Decisão. A palavra do momento é decisão. Encontrar não uma solução, mas uma forma de viver que me faça plena, feliz, realizada.

Quem sabe a livraria dos meus sonhos, meu curso de história da arte, minhas aulas de piano, leituras de partituras, morar em outro país, ver o pôr do sol na praia (aceito "a sua" companhia e sugestões)...
Mário Quintana escreveu que "Sonhar é acordar-se para dentro". Chegou a hora de acordar e refletir todos os anseios para que eu possa, finalmente, refletir quem eu sou.

3 comentários:

  1. Foi Kaw ou Tatá quem escreveu tudo isso? Por que somos tão parecidas? Estamos passando pela mesma crise, no mesmo momento... ler o seu "desabafo" me alivia! =)

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  2. Escrevi esse post ontem em 10 minutinhos depois que vi sua mensagem perguntando onde estava meu blog.. rsss!!!!!
    Desabafo pra nós, minha irmã pretinha!

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  3. Kawaninhaaaaa

    Vc finalmente se rendeu ao Radiohead?!?!? rs

    Creio que 2011 foi o ano das crises existenciais! Mas com o tempo, tudo se ajeita...

    Bartira.

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