segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A habilidade amor


Ouvi em um filme que amor não é um sentimento, é uma habilidade. Habilidade (do latim habilitate) é o grau de competência de um sujeito concreto frente a um determinado objetivo. De acordo com estimativas de 2008, Belo Horizonte é uma cidade que possui população correspondente a 2.434.642 habitantes. Quantos mocinhos e mocinhas!

Mas como todos já sabem, já deixei de acreditar em contos de fadas. Acho que isso é bem como acreditar ou não em Papai Noel.

O amor deixou de ter aquela coisa mágica, de ficar ao lado do telefone esperando o mocinho te ligar, sentir aquela saudade de apertar o peito, ficar toda boba sonhando acordada. Hoje, apenas coisas de adolescentes em plena ebulição.

Arnaldo Jabor, em “O Amor Deixa Muito a Desejar”, escreveu que “não existe mais o amante definhando de solidão para enfim, após a tempestade, esticar-lhe a espinha; nem pactos de morte, não existe mais o amor nos levando para uma galáxia remota, não existe mais a simbiose que nos transportava a uma eternidade semi-religiosa. O amor tinha uma fome de proteção à pessoa amada. Isso está acabando”.

Acho que concordo que o amor seja uma habilidade, e pra raros.. Afinal, o mesmo Jabor disse que “amar exige coragem e somos todos covardes”.

O ser humano é um ser gregário por natureza (e quem já não ouviu essa frase mil vezes na aula de filosofia que me perdoe! Dá-lhe Caetano!), se agrupa com uma facilidade absurda.

Mas não é simples assim! Nada como 2 + 2 ou qualquer outra equação lógica!

Lidar com gente é difícil, como afirmei no post sobre paciência, com certeza seria melhor ter um cachorrinho de estimação. Tudo bem, sei que não é.. No fundo, no fundo, ainda sou daquelas românticas assumidas, incorrigíveis e bregas que adoram um carinho e uma companhia indispensável ao meu lado.

Mas pás de chance, porque “nesse chove-não-molha eu sei que agora eu vou é cuidar mais de mim!”

Afinal, encarar um mocinho depende de dois pré-requisitos básicos, verdadeiros exercícios de sanidade mental:


  1. Perdoe o meu passado que perdoo o seu;

  2. Não me fale, por favor, que a prioridade neste momento “é a minha vida profissional”. Tem coisa que tire do sério mais que isso? (Mesmo que eu seja apaixonadamente apaixonada pelo mocinho!)

E eu quero sim a sorte de um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida.. Mesmo que precise de um curso básico telepresencial em apenas 4 aulas! para aprender a doce habilidade amor!

5 comentários:

  1. é amiga...
    Disse bem, amar é uma habilidade que nem todos possuem. E como já disse Goethe "não amamos o objeto de amor, amamos o amor".
    o Segredo esta em não esperar não fantasiar, ou que seja o minimo possivel, porque ai a frustração será menor.
    E no mais ame a si mesmo, e não se anule por causa de alguem.

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  2. Ai Kawaninha, eu também preciso de um curso telepresencial! Psorque será que estamos nessa situação, acho que as pessoas não tem mais coragem de amar outro, e se entregar completamente, penso que a nossa insegurança e desconfiança do nosso mundo atual, tem passado para todos os campos da nossa vida, é triste, muito triste isso. Mas ainda tenho esperança que tudo isso vai mudar!

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  3. Aiaii....o cazuza interior de uma flor! E a lua interior (e exterior) da outra flor no mundo, no mundoooo...no mundo DA LUAAAAAAAAAAA!!!!!Tenho uma alma de artista
    Sou uma gênia sonhadora e romanticaaa!!!Será?!!Ihhhh....Tô mais para a outra estrofe: Pega carona nessa calda de cometa, ver a Via-Lactea, estrada tão bonita, brincar de esconde-esconde numa nebulosaaaaaaa!!!Rsrsss....Ahhhh, A tranquilidade!Fica a alma de artista!Yupie!; )

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  4. Não entenderam?!Ora essa, desvaneios são desvaneios! Entre flowers "desvaneiadas" entao!kkkkkk

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  5. Imagino que o amor referido nesse post seja específico, visto que existem vários tipos de amor. Um exemplo é o amor de mãe para filho. Creio que esteja tratando do amor entre homens e mulheres, mulheres e mulheres ou homens e homens; tem gosto para tudo. Nesse caso, tenho como convicção filosófica que o amor não nasce. Creio que ele seja construído. Diferente da paixão; essa simplesmente nasce. É preciso ser muito sutil para distinguir amor de paixão. Paixão é a mencionada coisa mágica e ações decorrentes, desde a espera pelo telefonema até a viagem à galáxia remota. Geralmente é muito destrutiva porque nasce antes mesmo da oportunidade de conhecer a outra pessoa. Pode sim, vir acompanhada de amor, mas muito raramente; depende exclusivamente da sorte. Já o amor, apesar de apresentar sintomas parecidos é muito mais sólido e duradouro. Leva tempo para construí-lo e concordo: é necessário ter muita habilidade e conhecimento para amar. Aproveitarei que é de graça para citar algumas das habilidades que vejo como mais importantes:

    1 – Escolha: Quando a escolha é feita por paixão geralmente após o termino das obras, percebemos que construímos nada mais nada menos do que o ódio. Por isso sugiro que a escolha de uma pessoa para uma relação amorosa seja feita utilizando um pouquinho de razão também. Que sejam observadas compatibilidades. Coisas que goste de fazer e que a outra pessoa também goste. Isso afeta e muito o futuro da relação. Não adianta uma mocinha que adora sair, viajar, trabalhar e ter uma vida independente buscar amor em um mocinho que detesta sair de casa e é extremamente machista. E um: “ai ele é lindo!” não justifica a escolha. Pode ate ter mocinhos que são só lindos, mas não espere amá-los eternamente e nem ser amada dessa forma.
    2 – Diálogo: As mulheres são seres difíceis de se entender. Muitas e muitas mocinhas me escolhem para confidente. A maioria dessas confidentes acaba confessando que pensa que sou gay. Quando decido perguntar o que levou a mocinha a pensar que sou gay. Ela me responde que é porque eu a escuto. Olha a incógnita. Eu só a escuto porque ela me escolheu para confidente primeiro. Certa feita, usando de malicia, perguntei a uma delas porque ela não trocava de roupa na minha frente já que eu era gay. A resposta foi a seguinte: “Eu acho que você é gay, mas eu tenho certeza que não é”. O ideal é se esforçar para deixar bem claro o que pretende numa relação. Então parem de falar em código, sempre com pequenas alfinetadas escondidas entre as palavras e evitem o tom ameaçador. A maioria dos homens não gosta de discutir relação por aliar isso a uma experiência ruim. Então procurem começar tais discussões com uma coisa boa, um elogio talvez. Depois sim: Pode descer a lenha. A falta do diálogo ou o diálogo sempre inconveniente é um dos abrasivos do amor.
    3 – Compreensão: Para um alicerce forte, é preciso compreender que a pessoa amada nada mais é do que uma pessoa, um ser humano, com todos os defeitos inerentes à espécie. Compreenda que o espécime em questão não é seu. É um ser independente que resolveu dividir boa parte das suas coisas com você, mas não se comprometeu a ser só seu. Ele precisa interagir com outras pessoas e você também. Caso isso não aconteça, o numero dois (diálogo) estará comprometido: - Oi amor! Como foi o seu dia? E o outro responde: - Foi ótimo como todos os outros. Acordei e passei o dia todo com você. E o seu?

    Alguns já nascem com essas habilidades e as utilizam inconscientemente, mas como imagino que sejas simples mortal, tente exercitar essas habilidades para aumentar suas chances de sucesso. Existem outras habilidades que devem ser adquiridas para a construção de um amor realmente duradouro. Mas já falei demais. Rsrs. Desculpa. Acho que me empolguei. Qualquer duvida: seupainho@yahoo.com.br e já adiantando uma das respostas: Não! Eu não sou gay.

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