quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Callcenter



Parafraseando a "Regra Três"




Na "Regra Três" de Vinícius de Moraes eu já cheguei nos cinco.



Afinal, cansamos não apenas do rapaz que abusa da tal regrinha básica: na prática, o menos sempre vale mais.



Eu chorei, como chorei e quanto chorei. Parei com a mania, ao menos publicamente (Vinícius que me perdoe, mas Hebert Viana disse que é quando chega a noite que você pode chorar).



Resolvi ficar. Muitas vezes não tive coragem, usei do comodismo e só resolvi ficar. A história mais uma vez se repete.



Os momentos felizes tem tamanha força e intensidade que deixam raízes não só no penar. Elas crescem no coração, na alma.




A esperança dormiu há tempos, deve anar escondida por aí. Eu também já cansei de perdoar. Mas afinal, o perdão é ainda o melhor remédio e indispensável.



É, tem sempre o dia em que a casa cai, o apartmaneto cai, o escritório cai, o respeito cai. Aprendi a ser paciente e muitas vezes surda. Era necessário.



Já curto o meu deserto, mas ansiando que ele dê lugar às flores novamente.



A lâmpada continua acesa. Já a tristeza, essa entra, sai, tenta entrar de novo. Imagino a tristeza vendo a vida como "a casa da mãe joana".



O cházinho fica sempre por perto. Bebida não, cansei dessa vida. Além do mais, engorda.



Vinícius afirmou "pode estar certo que vai chorar". Choro por tudo, não nego. Sou sensível. Em público não mais.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Redescobrindo o meu ser

É, eu até que tentei repaginar o meu blog e fazer um pré NY animadíssimo. Mas rapidinho apareceu aquele vazio apenas por ter consciência de que não teria meu lugarzinho de desabafo..

Hoje eu estou me sentindo um tanto "Creep", como canta Radiohead:

I wish I was special
But I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here.

Talvez seja apenas mais uma de minhas incontáveis crises existenciais, ou uma grande necessidade de mudança em minha vida, não sei, ainda não me decidi.

De algum tempo para cá ando questionando imensamente algumas de minhas escolhas. Mas a principal delas é a profissional, claro.

Não acredito em cartomantes (só quando ela é minha amiga-irmã!), acho que elas utilizam de nossas reações para contar o que queremos ouvir, ou o que já sabemos mas ali somos obrigados a enxergar.

Não briguem comigo por isso, mas um dia desses cismei de ir a uma cartomante. Animação total, achei que sairia de lá com a vida resolvida, ou pelo menos algumas receitinhas pra chegar a isso com mais facilidade.

Lembro claramente quando ela me disse: "Não sei o que você faz, mas você está na profissão certa. Você nasceu pra isso."

Até dois meses atrás eu acreditei piamente nela: "Nasci pra ser advogada", "É difícil, tenho que ser paciente, o caminho é longo, mas valerá a pena", "coragem", e outras cositas mas..

Mas sério, que maturidade eu tinha aos 18 anos pra escolher o que eu faria pelo resto da minha vida?

Que me garantiu que essa escolha era a correta (ou menos errada) e que eu não ia querer mudar no futuro?

Por que te abandonei e nem sequer olhei pra trás, jornalismo?

Não é a área, a profissão ou até mesmo o stress do dia a dia que me decepcionou. Foram as pessoas. Lidar com gente é difícil. Mas tão difícil que não poucas vezes cogito ir pra Bali ou pra um Ashram indiano e repensar a vida (bem à la "Comer, Rezar, Amar" mesmo).

No fundo acho que sinto falta de gratidão, de ver olhos brilhando, pessoas realizadas ou com um mínimo de satisfação, de amor, brindando à vida pelas pequenas coisas. Mas só consigo ouvir palavrões, críticas e reclamações de tudo e todos por menor e mais insignificante que sejam as coisas.

Uma coisa é certa: não estou no caminho que eu gostaria. Posso sentir isso em meu coração. Um pouco de comodismo me trouxe até aqui, mas há tempo que dei tchau pra ele.

Decisão. A palavra do momento é decisão. Encontrar não uma solução, mas uma forma de viver que me faça plena, feliz, realizada.

Quem sabe a livraria dos meus sonhos, meu curso de história da arte, minhas aulas de piano, leituras de partituras, morar em outro país, ver o pôr do sol na praia (aceito "a sua" companhia e sugestões)...
Mário Quintana escreveu que "Sonhar é acordar-se para dentro". Chegou a hora de acordar e refletir todos os anseios para que eu possa, finalmente, refletir quem eu sou.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Selva de Pedras - Manual de Sobrevivência I e II

Muitos com certeza acharam louco o novo título do meu blog.

Em minha fase atual de vida tenho uma frase de efeito bem Barney: "Vivo em uma selva de pedras e esqueceram de me avisar pra trazer o cipó".

Simmmm!!!! Mas concentro cada coisinha do meu pensamento nos poucos dias que faltam pra NY!

Então, aí vão as primeiras dicas o meu pequeno Manual de Sobrevivência pré NY:

1. Um dia de cada vez - ao acordar e lembrar que o número ainda tá acima da casinha de 70, respire fundo (mais fundo, beeeeem mais fundo), e viva um dia de cada vez. Confesso que a nostalgia me ajuda e conforta bastante, então eu me concentro nas lembranças de quando eu vivia em NY, da sensação do vento batendo nos meus cabelos quando eu pedalava no Central Park, ai que saudade...

2. Mantenha sua dignidade e respeito intactos - quando alguém começa logo cedo a me xingar da forma mais inescrupulosa possível, se achar "A" chefe, der pitis, a gente respira fundo mais uma vez e não desce do salto. NY é puro glamour, baby! Pensamento positivo na Big Apple!

Amanhã tem mais! beijo!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Porque é mais fácil sobreviver assim...


A Natural Woman

Adele

Looking out on the morning rain
I used to feel uninspired
And when I knew I had to face another day
Lord, it made me feel so tired
Before the day I met you, life was so unkind
But your love was the key to peace my mind

You make me feel,
you make me feel,
you make me feel like
A natural woman, yeah

When my soul was in the lost-and-found
You came along to claim it
I didn't know just what was wrong with me
Till your kiss helped me name it
Now I'm no longer doubtful of what I'm looking for
Cause if I make you happy I don't need no more

Cause you make me feel,
you make me feel,
you make me feel like
A natural woman

Oh, baby, look you've done to me
makes me feel so good inside
And I just want to be close to you
You make me fell so alive

Cause you make me feel,
you make me feel,
you make me feel like
A natural woman