quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Hibernar ou Florescer?


Ciclos se abrem e se fecham. Amizades, trabalho, família, amores e até a vida começam e terminam, mais do que isso, se transformam, criam novas faces, tomam novos rumos, e claro, sem qualquer tipo de aviso prévio.

Bem do jeitinho Nando Reis (Livre Como um Deus – Nando Reis), mando mais um desabafo... mais um “lavar a alma”.

Não fique triste assim
Não vale a pena

Há quem diga que tristeza não tem fim, mas a felicidade sim. Eu fico com as sábias palavras de Guimarães Rosa, “felicidade mesmo, ser feliz como estado permanente, não existe. Acontece em raros momentos de distração”. Nesse momento de metamorfose ambulante, alterno entre uma alegria extrema e uma tristeza profunda. Mas felicidade, ah, essa só aparece naqueles pequeninos e raros momentos, mas especiais, únicos.

Erros e acertos
São filhos do mesmo pai
E a mãe que fez a dúvida
Deu vida a certeza

Tudo bem, eu sei que penso demais. Mas confesso que tenho pensado ainda mais ultimamente. É aí que os pensamentos sombrios me encontram. As dúvidas surgem com tanta intensidade que dão nós e formam emaranhados nessa minha cabecinha inocente (e podem acreditar, porque que é inocência pura!). O que fazer? Como vai ser? Quando? Onde? O que será da minha vida? Do meu futuro? Acho que um desespero normal de recém formado...

O tempo há de mostrar
O mundo se transformar

E haja ansiedade que agüente. Mas vejo pequeninas transformações todos os dias. Por tempos decidi ficar naquela cadeira solitária sentadinha e esperando que as coisas simplesmente acontecessem ou talvez na minha clássica rotina à lá Amelie Poulain.

E haja paciência que agüente. Agora, resolvi agir, afinal, parar de se esconder é até bom de vez em quando!! Parar de hibernar.

Mais triste é quem diz
Que para um problema
Só existe a solução
Da matemática

Quem me conhece sabe que sou totalmente emoção.. embora a razão teime em aparecer de vez em quando! Como sofrem as pessoas sensíveis. Ás vezes a depressão e a solidão insistem em me fazer uma visita, mas dispenso-as rapidinho, e elas, mesmo relutantes, vão embora.

O que me faz feliz
São coisas pequenas
Um lindo arco-íris
Riscando o fim de tarde

As coisas pequenas não só me fazem feliz, mas gosto mesmo é dessas coisinhas simples e cotidianas, esses são os meus momentos raros de felicidade. Uma árvore florescendo, uma criança sorrindo, ou o melhor, quando estou dirigindo para o trabalho e toca no rádio a minha música favorita! Ahh, que felicidade!

E eu olho pra você
E vejo toda a graça
Seus olhos brilham pretos
Seus lábios sem palavras
Seus gestos com timidez
Seus dedos bem pintados
Seu rosto sem segredos
Sorrindo leite em lágrimas

O mundo realmente dá voltas. Vira ao contrário e demoramos para reparar, isso quando reparamos. Pessoas cruzam nossos caminhos novamente, mas desta vez, totalmente especial, colorindo aquele céu cinza, fazendo tudo ter cor, e quando me dou conta, já estou cantarolando ao volante, ou suspirando de saudade daquele olhar de cílios pretos.
Guarde esse amor
Ele é todo seu
Lindo como a flor
Livre como um Deus

O amor! Acho que dessa vez ele poderia aparecer. E se tudo continuar assim tenho certeza que vai. Livre, lindo, com sabor de fruta mordida... É a minha sorte de um amor tranqüilo que finalmente resolveu aparecer! Obrigada Cazuza! Obrigada Deus!

Assim, resta somente saber: hibernar ou florescer? Antes só hibernava, mas agradeço a cada instante por me fazer ver o sol, afinal, flores precisam de sol, e enfim poderei florescer novamente!

sábado, 12 de setembro de 2009

Pra você...

Queria escrever um post do meu jeitinho. Pensei, pensei, pensei e nada. Aí veio o show do Nando Reis (Ai, o Nando Reis!). E essa letra que de forma alguma requer explicações.. É isso, simplesmente isso..


Pra Você Guardei o Amor - Composição: Nando Reis
http://www.youtube.com/watch?v=kpnoEdHKib0

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar



Realmente não tem ou requer qualquer explicação. Pra você...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Ciclos...

Fui à um casamento sábado. Uma brasileira e um húngaro. História um tanto incomum. Ela foi fazer doutorado em Paris. Se conheceram. A paixão nasceu. Maio chegou e ela teve que voltar à terra natal. Junho, julho e ele veio. Da Hungria mesmo. A pediu em casamento. Não podiam mais viver um sem o outro. E um novo ciclo começou.

Ciclo, transformação de um sistema que volta ao seu estado inicial.

Momento incomum na minha vida. De fechar ciclos. De começar novos. Trabalho, estudos, amigos e amores.

Quero me arriscar, me apaixonar, amar loucamente.

Como minha amiga Mini diz, "Coragem, o que a vida quer da gente é coragem". Quero ser corajosa. Chega de medo.

Tão longe mas tão perto, tão perto mas tão longe.

Te quero assim, sem medo. Só te quero.